quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Música Independente na Era Digital.

O surgimento de novas tecnologias trouxe consigo inúmeras novas formas de se comunicar. A Internet gerou inúmeras facilidades, e uma delas com certeza são as redes sociais que fizeram com que pessoas possam interagir e se expressar. O grande sucesso das bandas independentes esta muito pautada nisso, pois a , e uma forma que elas encontraram de compartilhar suas musicas com seu público. Mas a partir disso entramos em um questionamento. Será mesmo necessária a presença das gravadoras na trajetória das bandas?


Antigamente as gravadoras eram responsáveis por cuidar do processo de seleção do material, gravação, manufatura e distribuição do disco de suas bandas. Mas tudo se transformou, bastam um computador e um microfone e um bom software de edição, para se gravar uma canção.  E esta e lançada na rede e a partir daí encontra seu público próprio. Em entrevista, Luiz Thunderbird, figura clássica da cena musical alternativa, afirma que : “Ser músico antigamente era ralar para gravar um álbum. Hoje qualquer um consegue editar e produzir um CD em estúdio e colocar suas músicas na Internet para download”. Por isso o mercado de música hoje e tão dificil, pois e considerado saturado, ha muitas bandas trabalhando principalmente no MySpace e nas outras redes sociais. São muitas bandas independentes trabalhando com da mesma forma. 

O cantor holandês Joep van Son, líder das bandas The Sugarettes, The Very Sexuals e Nikoo, concorda com isso. “Acredito que o mais difícil é ser notado. Há muitas pessoas em bandas. Se você não tem uma grande máquina te apoiando, você tem de ser muito bom, ou ter contatos, ou ambos”, diz.Porém como se sobreviver com música, ja que este meio de divulgação e gratuito?
O Projetonave, de São Paulo, que distribui suas músicas pela internet. Afirma que o  lucro da banda vem basicamente dos shows que fazem, acabam usando a Internet mais como ferramenta de divulgação do que forma de manter a banda financeiramente.  “Quem ouve o som em nosso site e gosta acaba comprando o CD depois”, diz o baterista Flávio Lazzarin.
O álbum In Rainbows, do Radiohead, mostrou que a internet pode ultrapassar a função de divulgação e se tornando uma forma de distribuição. A banda permitiu que os fãs escolhessem quanto pagariam pelo álbum e disponibilizando primeiro na internet, estima-se que mais de 1 milhão de pessoas tenham feito o download nos dois primeiros dias após seu lançamento, resultando em cerca de £5 milhões para a banda (quase R$ 20 milhões).


Artistas como Lilly Allen e Amy Winehouse conseguiram espaço na MTV e fazem milhares de shows por mês graças à distribuição de suas músicas pela Internet.


Claro que o sucesso na Internet atualmente ainda depende muito da qualidade musical, do bom gerenciamento das mídias e claro da criatividade, que gera uma identificação do público e a banda. Mas e claro que nem tudo e fácil, colocar sua música na rede e fácil e gratuito, e assim os interessados podem baixar as canções gratuitamente, porem esta pratica ainda e considerada ilegal e entra na discussão dos chamados direitos autorais.


Artistas como Elton John, mostram se revoltados e citam “que a Internet deveria acabar porque ele não recebe pela troca de suas músicas”. Enquanto outros artistas afirmam que a prática diminui a venda de CDs e assim impede dificulta o sobrevivência dos mesmos. Mas se hoje em dia tantas bandas, principalmente as independentes conseguem, e claro que sem grandes lucros, trabalhar  desta forma . 

Porque todos não se tornam adeptos da Internet? Ou então sera melhor voltar para era das gravadoras? Qual será a solução? Será que a internet ajuda ou não as bandas? O que você músico, produtor cultural, produtor musical ou amante da música independente pensa sobre as questões levantadas.


Texto por: Tatiane Alves

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