domingo, 31 de outubro de 2010

Circuito Fora do Eixo


Ao falar de música independente e quase que impossível não associar ao Circuito Fora do Eixo. Como este blog vem com o intuito de tirar algumas dúvidas sobre assuntos importantes do cenário musical, me vi na obrigação de explicar sobre ele. Como nosso projeto, aliás, de ser acadêmico se tornou algo que passou a ser parte de nosso cotidiano, posso relatar que mais do que vocês, sou eu que mais estou curtindo poder me socializar com assuntos tão interessantes e socialmente responsáveis e é claro tão determinantes para o cenário musical brasileiro. Posso com total certeza dizer que o Circuito hoje vem tratando a arte em geral de uma forma única, inteligente, com responsabilidade e com muita diversão, vale a pena saber um pouco mais sobre ele.

O Circuito Fora do Eixo tem como objetivo promover ações e bandas que se destacam no cenário independente, gerando a circulação da cultura alternativa. Através da junção de várias localidades consideradas “fora do eixo”, fora das estruturas das metrópoles, através de festivais, por todo país. É uma espécie de rede, que hoje conta com mais de 40 coletivos, popularmente chamados de “Os 40 Pontos Fora do Eixo”, dos quais produzem ações, principalmente festivais. Uma forma empreendedora de criar e trabalhar de forma coesa, com setores de comunicação livre, distribuição, circulação, sustentabilidade e economia solidária e ainda sonorização e luz.
Espalhados por todo canto do país os coletivos, com produtores, artistas e divulgadores possibilitam a circulação de shows e discos de bandas independentes durante todo o ano.
O Circuito, que foi criado no final de 2005, hoje já conta com mais de 59 festivais cadastrados, 46 veículos de comunicação independentes, que vem ganhando cada vez mais adeptos.
Seus festivais vão alem da apenas apresentação de bandas do cenário alternativo, o foco é a integração da música com outras expressões artísticas. Promovendo assim juntamente com os eventos workshops, espetáculos de teatro e intervenções artísticas realizadas nas ruas. É um espetáculo incrível com preço super acessível, que proporciona a aproximação e participação do público com a cultura em geral.

Para melhor se organizarem e produzirem um trabalho tão concreto e sério foi criado cinco frentes gestoras. São elas: Agência – responsável pelo setor de circulação; o Portal Fora do Eixo – gerido pelo Conselho Gestor formado pelo Audiovisual, Rádio, Redação, Assessoria, Design, Mídia e Fotografia; Fora do Eixo Discos; o Fora do Eixo Card e o setor de TecnoArte.
As bandas, que em sua maioria são formadas por jovens muito talentosos e engajados na melhoria da qualidade da cultura da sociedade, não temem em encarar várias localidades, públicos e desafios pelo país a fora. O que vale é a arte, esta proposta vem dando muito certo, o Circuito vem apoiando muitas bandas, que vem conquistando com sua música, fãs por onde passam, e estas já garantem o sucesso dos festivais.  Podemos citar Macaco Bong (Mato Grosso), Burro Morto (Paraíba) e Porcas Borboletas (Minas Gerais), Nevilton (Paraná), Mini Box Lunar (Amapá), Caldo de Piaba (Acre), Calistoga (Rio Grande do Norte) e Facas Voadoras (Mato Grosso do Sul).

Não podemos nos esquecer que as bandas e eventos independentes hoje contam com uma eficiente ferramenta, que a internet. Como notável, podemos citar o portal do Circuito que trabalha muito bem com a divulgação dos coletivos parceiros e das bandas.
O portal pode ser definido como “mistura de informação, experimentação de linguagens e rede social”. Esta rede faz da arte força motriz de varias pessoas em várias localidades, que se juntam com intuito de trazer as cenas locais uma expressão da liberdade cultural. Podemos dizer que o Circuito proporciona um mix entretenimento, é uma forma de divulgação da expressão artística, que e capaz de influenciar e ajudar muita gente a se misturar com um pouco de todo país e a criar algo novo que beneficie os demais.

Para que possa entender um pouquinho como o Circuito movimenta o país posso citar suas principais atividades: Grito Rock América do Sul, o Portal Fora do Eixo, o Compacto.REC, o Toque no Brasil, o Festival Fora do Eixo, a Agência Fora do Eixo, a Fora do Eixo Discos, o Fora do Eixo Card, o Congresso Fora do Eixo, Observatório Fora do Eixo, Fora do Eixo Tec, dentre outros.Todas estas são ferramentas divulgadoras e promotoras da música independente, que vem ajudando muitas bandas a alcançarem públicos além dos limites geográficos.

Texto Por: Tatiane Alves




quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Dicas de bandas


Eu conheci a banda Medications recentemente e claro é uma das maiores referências para a música independente. A banda foi formada em 2003, esses caras em seu atual disco mostram que estão aí pra fazer, e mostrar que se dá pra fazer boa música. Mas e quem são esses caras, que a propósito muitos que eu encontro não conhece ainda, eles são ex-integrantes de outras bandas desconhecidas, as bandas Faraquet e Smart Went Crazy, e claro eles vem Washington DC onde hoje é a maior cena de bandas independentes.

Em inúmeras bandas pelas quais eu escuto, o Medications se destaca pelo seu estilo, som, e pela habilidade dos integrantes em tocarem os instrumentos uns dos outros, tanto o baixista, toca bateria, tanto o guitarrista também, e o baterista também sai das bateras para tocar o baixo ou guitarra, isso é ser versátil.

Quando eles vieram aqui , e fizeram uma canção para nosso país cujo o  nome é Brazil 07. O primeiro registro da banda saiu em 2004, em um EP com 5 faixas que já mostrava o potencial da banda. Em 2005 o trabalho do Medications obteve um reconhecimento maior e o primeiro álbum da banda, intitulado Your Favorite People All In One Place, produzido (e muito bem produzido diga-se de passagem) por Brendan Canty do Fugazi,foi lançado pela Dischord Records, gravadora que tem como proprietário o gênio Ian Mackaye também Fugazi, que postarei mais a frente.

Onde encontrar a banda http://www.medicationsband.com/

Quer ouvir o som deles acesse, http://www.myspace.com/medications

Assista a última apresentação deles aqui no Brasil.

Texto por: Vleydson Santos


sábado, 9 de outubro de 2010

SWU (Starts With You – Começa Com Você)

Você ouviu falar no SWU (Starts With You – Começa Com Você), não! Mas já ouviu falar em sustentabilidade, ou melhor planeta sustentável. Então o SWU é um movimento em prol da conscientização e em prol da sustentabilidade com o objetivo de mobilizar, você, eu, mobilizar a todos com esse problema em que vivemos, e que por muito das vezes a mídia de massa coloca como um problema difícil de resolver. Assim eles tentam mostrar maneiras mais simples. O movimento nasceu da iniciativa do Eduardo Fisher, presidente do Grupo Toltacom.

Sustentabilidade sustentável parte de ações bem simples que pode provocar grandes mudanças para um mundo melhor.

O festival conta com o patrocínio de empresas como; Oi, Nestlé, Coca Cola, Heineken. E o apoio do governo do Estado de São Paulo, prefeitura de ITU, o evento será realizado na Fazenda Maeda ou Arena Maeda.

O SWU Music and Arts Festival é o grande marco de celebração do movimento. Movimento este que conta com presença de milhares de pessoas durante três dias de muita música e arte. O movimento contará ao longo dos três dias de duração com o Fórum Sustentável, palco aberto para empresários, especialistas, políticos, pensadores, e representantes de entidades não governamentais que discutirão com o público alguns dos principais e mais importantes temas da sustentabilidade no século 21.

Nos dias de shows o SWU apresentará grandes nomes da música nacional e internacional como RAGE AGAINST THE MACHINE, KINGS OF LEON, CAPITAL INICIAL, JOTA QUEST, LINKIN PARK, INCUBUS e grandes DJs como MARKY, MARKUS SCHULZ, ROGER SANCHEZ, SANDER KLEINENBERG, SHARAM, GUI BORATTO, ANDERSON NOISE, entre outras.

Acredito que muitos estão fazendo tais perguntas, por quê fazer um festival com artistas para falar de um tema, que se pode pesquisar na internet. Porém a ideia é mobilizar, inspirar, conscientizar as pessoas com o tema. O evento não se está só nos shows, mas sim na visão de quem está por de trás dele, de todos os artistas que estão a participar. Ao visitar o site você verá toda estrutura do que é o evento, suas ações e objetivos. Sendo assim durante o festival terá voluntários com objetivo de passar as informações necessárias sobre o tema.

O Festival inicia hoje sábado dia 09, e segue amanhã dia 10 e domingo dia 11 de outubro na fazenda Maeda localizada no município de Itu cerca 70km de São Paulo, sendo uma área de 200 mil metros quadrados de muita música.


Ficou interessado? Quer saber um pouco mais sobre este evento?


Ficou mais interessado ainda? Veja o vídeo oficial Campanha do movimento SWU Começa com você.Trilha: Pearl Jam | Narração: Nando Reis



Se você ficou mais interessado ainda significa que curte boas músicas e é uma pessoa de muita ação,mas este ano não dá mais para comprar o ingresso, no entanto não fique triste você já pode se preparar para a grande festa do SWU de 2011.Nos vemos lá.Combinado?

Texto por: Bruna Costa.



quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Música Independente na Era Digital.

O surgimento de novas tecnologias trouxe consigo inúmeras novas formas de se comunicar. A Internet gerou inúmeras facilidades, e uma delas com certeza são as redes sociais que fizeram com que pessoas possam interagir e se expressar. O grande sucesso das bandas independentes esta muito pautada nisso, pois a , e uma forma que elas encontraram de compartilhar suas musicas com seu público. Mas a partir disso entramos em um questionamento. Será mesmo necessária a presença das gravadoras na trajetória das bandas?


Antigamente as gravadoras eram responsáveis por cuidar do processo de seleção do material, gravação, manufatura e distribuição do disco de suas bandas. Mas tudo se transformou, bastam um computador e um microfone e um bom software de edição, para se gravar uma canção.  E esta e lançada na rede e a partir daí encontra seu público próprio. Em entrevista, Luiz Thunderbird, figura clássica da cena musical alternativa, afirma que : “Ser músico antigamente era ralar para gravar um álbum. Hoje qualquer um consegue editar e produzir um CD em estúdio e colocar suas músicas na Internet para download”. Por isso o mercado de música hoje e tão dificil, pois e considerado saturado, ha muitas bandas trabalhando principalmente no MySpace e nas outras redes sociais. São muitas bandas independentes trabalhando com da mesma forma. 

O cantor holandês Joep van Son, líder das bandas The Sugarettes, The Very Sexuals e Nikoo, concorda com isso. “Acredito que o mais difícil é ser notado. Há muitas pessoas em bandas. Se você não tem uma grande máquina te apoiando, você tem de ser muito bom, ou ter contatos, ou ambos”, diz.Porém como se sobreviver com música, ja que este meio de divulgação e gratuito?
O Projetonave, de São Paulo, que distribui suas músicas pela internet. Afirma que o  lucro da banda vem basicamente dos shows que fazem, acabam usando a Internet mais como ferramenta de divulgação do que forma de manter a banda financeiramente.  “Quem ouve o som em nosso site e gosta acaba comprando o CD depois”, diz o baterista Flávio Lazzarin.
O álbum In Rainbows, do Radiohead, mostrou que a internet pode ultrapassar a função de divulgação e se tornando uma forma de distribuição. A banda permitiu que os fãs escolhessem quanto pagariam pelo álbum e disponibilizando primeiro na internet, estima-se que mais de 1 milhão de pessoas tenham feito o download nos dois primeiros dias após seu lançamento, resultando em cerca de £5 milhões para a banda (quase R$ 20 milhões).


Artistas como Lilly Allen e Amy Winehouse conseguiram espaço na MTV e fazem milhares de shows por mês graças à distribuição de suas músicas pela Internet.


Claro que o sucesso na Internet atualmente ainda depende muito da qualidade musical, do bom gerenciamento das mídias e claro da criatividade, que gera uma identificação do público e a banda. Mas e claro que nem tudo e fácil, colocar sua música na rede e fácil e gratuito, e assim os interessados podem baixar as canções gratuitamente, porem esta pratica ainda e considerada ilegal e entra na discussão dos chamados direitos autorais.


Artistas como Elton John, mostram se revoltados e citam “que a Internet deveria acabar porque ele não recebe pela troca de suas músicas”. Enquanto outros artistas afirmam que a prática diminui a venda de CDs e assim impede dificulta o sobrevivência dos mesmos. Mas se hoje em dia tantas bandas, principalmente as independentes conseguem, e claro que sem grandes lucros, trabalhar  desta forma . 

Porque todos não se tornam adeptos da Internet? Ou então sera melhor voltar para era das gravadoras? Qual será a solução? Será que a internet ajuda ou não as bandas? O que você músico, produtor cultural, produtor musical ou amante da música independente pensa sobre as questões levantadas.


Texto por: Tatiane Alves

domingo, 3 de outubro de 2010

Reforma na lei dos direitos autorais.


Bem pessoal, primeiramente precisamos entender o que é direito autoral, para que possamos refletir e seguir os parâmetros que essa nova lei influênciar em nosso dia a dia.
Portanto, o direito autoral protege os trabalhos publicados e não publicados nas áreas de literatura, teatro, música, dança, filme, escultura, fotografia, e artes audiovisuais reproduzidas por computadores.

Uma vez que, tenhamos este conhecimento é importante que estejamos atentos à nova lei de direitos autorais, porque envolve autores, empresários e consumidores de obras audiovisuais, assim como nós Publicitários que estamos na área.

A nova lei federal nº 9.610/98 visa:

• Punir os artistas que subornam as rádios e TV s para executarem suas produções.
• Permitir que as universidades reproduzam livros e obras desde que pagam seus autores.
• Obras audiovisuais e documentários poderão ser exibidos gratuitamente.
• Cópia de músicas fica permitida somente para uso pessoal.
• Serão criadas novas regras para a internet.


A intenção dessa lei é que se tenha um acompanhamento destas obras por parte dos artistas e que haja transparência e controle para exaltar os valores culturais junto ao país.
Precisamos entender que no mundo da tecnologia, as coisas estão cada vez mais fáceis, porque hoje você consegue entender o que se passa do outro lado do mundo em frações de segundos, tudo esta ao nosso alcance e o mais importante é que precisamos compartilhar nossas ideias, para que o mundo veja o que pretendemos transmitir, e como fazer isso? .

A maneira de que possamos mostrar nossos trabalhos é colocando-os ao modo em que todos vejam, portanto o lance de alguém copiar uma música que eu inventei foi um meio de propagar minhas ideias e que várias pessoas gostem e consomem meu trabalho, e executando tal fato de copiar, significa fortalecer o meu nome, minha música, meu trabalho, enfim todo um projeto que ficara marcado. É claro em que algumas obras como pinturas, esculturas e outras mais concretas tem que ser respeitadas, uma vez que estão vendendo um produto e não o trabalho.

Vale Lembrar que a manifestação e interesse pela alteração na Lei 9.610/68 partiu de ilustradores que no dia 27 de agosto de 2010 se propuseram a integrar um documento no Ministério da Cultura. Vale também lembrar que quando esse ilustrador, publicitário, designer entre outros se for contratado (a) (com base em carteira de trabalho) para criar algo para alguém ( anunciante, empresa etc) os direitos autorais patrimoniais ficam sendo indiscutivelmente do patrão que, aí sim, poderá revendê-lo etc. Já quanto aos direitos autorais morais, não se discute, é do criador.

Portanto galera este é um tema em que precisamos pensar e refletir ate que ponto a tecnologia pode estar presente nos trabalhos realizados pelos artistas e quais as ferramentas a serem trabalhadas pelos mesmos.

Texto por: Rogério Rodrigues