Ao falar de música independente e quase que impossível não associar ao Circuito Fora do Eixo. Como este blog vem com o intuito de tirar algumas dúvidas sobre assuntos importantes do cenário musical, me vi na obrigação de explicar sobre ele. Como nosso projeto, aliás, de ser acadêmico se tornou algo que passou a ser parte de nosso cotidiano, posso relatar que mais do que vocês, sou eu que mais estou curtindo poder me socializar com assuntos tão interessantes e socialmente responsáveis e é claro tão determinantes para o cenário musical brasileiro. Posso com total certeza dizer que o Circuito hoje vem tratando a arte em geral de uma forma única, inteligente, com responsabilidade e com muita diversão, vale a pena saber um pouco mais sobre ele.
O Circuito Fora do Eixo tem como objetivo promover ações e bandas que se destacam no cenário independente, gerando a circulação da cultura alternativa. Através da junção de várias localidades consideradas “fora do eixo”, fora das estruturas das metrópoles, através de festivais, por todo país. É uma espécie de rede, que hoje conta com mais de 40 coletivos, popularmente chamados de “Os 40 Pontos Fora do Eixo”, dos quais produzem ações, principalmente festivais. Uma forma empreendedora de criar e trabalhar de forma coesa, com setores de comunicação livre, distribuição, circulação, sustentabilidade e economia solidária e ainda sonorização e luz.
Espalhados por todo canto do país os coletivos, com produtores, artistas e divulgadores possibilitam a circulação de shows e discos de bandas independentes durante todo o ano.
O Circuito, que foi criado no final de 2005, hoje já conta com mais de 59 festivais cadastrados, 46 veículos de comunicação independentes, que vem ganhando cada vez mais adeptos.
Seus festivais vão alem da apenas apresentação de bandas do cenário alternativo, o foco é a integração da música com outras expressões artísticas. Promovendo assim juntamente com os eventos workshops, espetáculos de teatro e intervenções artísticas realizadas nas ruas. É um espetáculo incrível com preço super acessível, que proporciona a aproximação e participação do público com a cultura em geral.
Para melhor se organizarem e produzirem um trabalho tão concreto e sério foi criado cinco frentes gestoras. São elas: Agência – responsável pelo setor de circulação; o Portal Fora do Eixo – gerido pelo Conselho Gestor formado pelo Audiovisual, Rádio, Redação, Assessoria, Design, Mídia e Fotografia; Fora do Eixo Discos; o Fora do Eixo Card e o setor de TecnoArte.
As bandas, que em sua maioria são formadas por jovens muito talentosos e engajados na melhoria da qualidade da cultura da sociedade, não temem em encarar várias localidades, públicos e desafios pelo país a fora. O que vale é a arte, esta proposta vem dando muito certo, o Circuito vem apoiando muitas bandas, que vem conquistando com sua música, fãs por onde passam, e estas já garantem o sucesso dos festivais. Podemos citar Macaco Bong (Mato Grosso), Burro Morto (Paraíba) e Porcas Borboletas (Minas Gerais), Nevilton (Paraná), Mini Box Lunar (Amapá), Caldo de Piaba (Acre), Calistoga (Rio Grande do Norte) e Facas Voadoras (Mato Grosso do Sul).
Não podemos nos esquecer que as bandas e eventos independentes hoje contam com uma eficiente ferramenta, que a internet. Como notável, podemos citar o portal do Circuito que trabalha muito bem com a divulgação dos coletivos parceiros e das bandas.
O portal pode ser definido como “mistura de informação, experimentação de linguagens e rede social”. Esta rede faz da arte força motriz de varias pessoas em várias localidades, que se juntam com intuito de trazer as cenas locais uma expressão da liberdade cultural. Podemos dizer que o Circuito proporciona um mix entretenimento, é uma forma de divulgação da expressão artística, que e capaz de influenciar e ajudar muita gente a se misturar com um pouco de todo país e a criar algo novo que beneficie os demais.
Para que possa entender um pouquinho como o Circuito movimenta o país posso citar suas principais atividades: Grito Rock América do Sul, o Portal Fora do Eixo, o Compacto.REC, o Toque no Brasil, o Festival Fora do Eixo, a Agência Fora do Eixo, a Fora do Eixo Discos, o Fora do Eixo Card, o Congresso Fora do Eixo, Observatório Fora do Eixo, Fora do Eixo Tec, dentre outros.Todas estas são ferramentas divulgadoras e promotoras da música independente, que vem ajudando muitas bandas a alcançarem públicos além dos limites geográficos.
Texto Por: Tatiane Alves